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Google proíbe impulsionamento de conteúdo político durante as eleições de 2024

A partir das próximas eleições municipais, o impulsionamento de anúncios de candidatos políticos será proibido no Google Ads.

Seguindo determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Google anunciou a proibição do impulsionamento de campanhas políticas através de sua plataforma de anúncios.

Com isso, serviços como o buscador Google e o YouTube não exibirão mais conteúdo publicitário ligado à política. As alterações nas políticas da empresa começam a vigorar em 1º de maio e aplicam-se a eleições em todas as esferas políticas do país.

O Google declarou:

“As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio, tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”.

Novas Diretrizes do Google

Anteriormente, a política de anúncios do Google Ads exigia que entidades e indivíduos fossem verificados para impulsionar anúncios eleitorais que mencionassem partidos, candidatos ou titulares de cargos públicos.

Com a nova política, a verificação não será mais necessária, e o relatório de transparência do Google também deixará de ser atualizado.

De acordo com o relatório de transparência, a publicidade política gerou mais de R$ 130 milhões em receita, com a publicação de quase 60 mil anúncios. Em contraste, a Alphabet, empresa matriz do Google, reportou um lucro líquido de US$ 20 bilhões no último trimestre de 2023.

O Google passará a diferenciar o conteúdo político-eleitoral de materiais vinculados a campanhas governamentais, como aquelas contra a dengue, por exemplo. Assim, a empresa distingue entre promessas eleitorais e programas governamentais. Desde 2021, a empresa segue a legislação sobre campanhas políticas e decidiu, por uma avaliação interna, eliminar essa fonte de receita.

Contexto da Decisão do Google

Desde 2019, o TSE estabeleceu várias leis que determinam o que constitui conteúdo político-eleitoral e como sua divulgação deve ser conduzida.

Em fevereiro, o TSE impôs que plataformas de impulsionamento de anúncios cumprissem certos requisitos, incluindo a manutenção de um banco de dados acessível ao público com todo o material de campanha.

Devido à complexidade dessas exigências, a gigante da tecnologia optou por encerrar essa modalidade de anúncio, considerando o processo muito complicado e custoso.

Diante dos novos critérios legais, o Google concluiu que não seria viável moderar a divulgação eleitoral em mais de cinco mil municípios durante o período eleitoral deste ano.

No site da Google, é possível verificar a lista de países que permitem ou proíbem o impulsionamento de campanhas políticas na plataforma.

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