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Com Javier Milei, Bolsa Argentina Cresce 54% e Risco País Despenca

Desde a posse de Javier Milei, a Bolsa de Valores da Argentina registrou uma alta significativa e o risco país diminuiu drasticamente.

Desde a posse do presidente Javier Milei, economista e líder do partido de direita La Libertad Avanza, o S&P Merval, principal índice da Bolsa de Valores da Argentina, teve um aumento expressivo de 54%. Em 3 de maio de 2024, o índice alcançou 1.452.002 pontos, subindo de 941.830 pontos em 7 de dezembro de 2023.

Com a nova administração, Milei implementou uma série de reformas que incluem privatizações e flexibilização trabalhista, marcando um período de gestão focada em mudanças estruturais.

O presidente argentino tem previsão de discutir os resultados iniciais de sua política econômica durante um evento com investidores organizado pelo Milken Institute em Los Angeles, EUA, em 6 de maio de 2024. Essa será sua primeira aparição pública internacional após a aprovação da chamada “Lei Ônibus” pelo Congresso argentino, que sancionou várias medidas econômicas liberais.

O risco país, medido pelo índice CDS (Credit Default Swap) de 5 anos, que serve como um seguro contra o risco de calote em dívidas, mostrou uma queda significativa de 1.739 pontos, caindo de 4.281 pontos em 8 de dezembro de 2023 para 2.542 pontos em 3 de maio de 2024, segundo dados fornecidos pela corretora Guide Investimentos.

No mercado cambial, houve um aumento de 142% no valor do dólar oficial em relação ao peso argentino desde a posse de Milei, com a moeda fechando a 878,5 pesos. O dólar paralelo, conhecido como dólar blue, também aumentou, cotado a 1.040 pesos.

O governo argentino alcançou um superavit fiscal de 275 bilhões de pesos (cerca de US$ 313 milhões) no primeiro trimestre de 2024, o primeiro superavit para este período desde 2008. No entanto, a inflação continua sendo um desafio significativo, com uma desaceleração para 11% em março de 2024, após atingir 13,2% em fevereiro. A taxa de inflação anual acumulada é de 287,9%, afetando principalmente as camadas mais pobres da população, que compreendem 41,7% dos argentinos.

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